Amor Sob A Lua de Ouro
– O Encontr
meus métodos - respondeu ele, com uma risada baixa, que não parecia presunçosa, mas sim como se estivesse tentando quebrar o gelo. - Olha, eu queria saber se você teria tempo para tomar um café comigo. Senti que a nossa conversa ficou pela metade, e eu gostaria de... saber mais sobre você. O convite a pegou de surpresa. Beatriz nunca fora do tipo que aceitava convites assim, especialmente de homens que mal conhecia. Mas havia algo na voz dele, um certo charme que a fez hesitar. Ela pensou na sua mãe, que já começava a depender cada vez mais dela, e na rotina que a mantinha aprisionada. Ao mesmo tempo, sentiu uma vontade crescente de sair daquela bolha, de se permitir um momento de algo que não fosse apenas sobrevivência. - Eu... não sei. Não costumo sair muito - ela disse, tentando encontrar uma desculpa. - Eu trabalho o dia todo, e... tenho que cuidar da minha mãe. Miguel percebeu a hesitação dela e respondeu, sem pressionar, mas com uma suavidade que fez Beatriz se sentir à vontade: - Eu entendo, Beatriz. Não quero te incomodar. Eu apenas pensei que seria bom te conhecer melhor, de forma mais pessoal. O que acha de me dar essa chance? Acho que vai ser interessante para ambos. Ela ficou em silêncio por alguns segundos. A proposta parecia inusitada, mas algo em sua voz a fez pensar que talvez ele fosse genuíno. Uma parte de Beatriz queria dizer não e voltar à sua rotina previsível. Mas outra parte, a mais corajosa, sentia que talvez fosse a oportunidade que ela procurava. - Ok, podemos tomar um café - ela disse, por fim, decidida a ver no que isso daria. - Ótimo! Vou te buscar às três da tarde. Estarei na frente da sua casa. - Miguel falou com um entusiasmo quase infantil, como se estivesse realmente ansioso para o encontro. O telefonema terminou rapidamente, e Beatriz ficou parada por alguns segundos, pensando no que acabara de fazer. Ela se sentou na mesa da cozinha, com a mente agitada. "Será que ele tem intenções românticas? Ou será apenas um gesto de gentileza?" O pensamento a incomodava, mas também despertava uma curiosidade que ela não podia ignorar. Quando o relógio marcou três horas, Beatriz estava pronta. Ela tentou se olhar no espelho, sentindo-se estranha com a roupa simples que usava, mas não queria parecer algo que não era. Ao contrário, queria ser autêntica, sem jogar nenhuma fachada. Ela saiu de casa e, ao olhar para o lado de fora, viu Miguel estacionado em um carro de luxo. Ele estava esper