A politica intercolonial e internacional e o tratado de
nalysa a maneira desastrosa como em seus procedimentos se houveram os adversarios do tratado de Louren?o Marques entre Portugal e Gran-Bretanha, destinado a regular as rela??es entre as suas possess?e
senda larga e franca para uma confraternisa??o e garantia reciproca na politica intercolonial, chega-se quasi a lamentar que a arbitragem do Marechal Mac Mahon fosse tal, que n?o tivesse cortado o mal pela raiz, tirando-nos da m?o aquillo que por estar em nossa m?o, havia de passar a ser um fóco de discordia, e transformar-se mais em elemento ruinoso do que proveitoso. Seria caso de dizer ha b
a da pósse que o salve das preten??es dos Boers, ou permanecerá como está
rio, pelo partido que teme menos o le?o de Castella do que o leopardo Britannico. A esse partido e ás suas aspira??es politicas poderá convir a substitui??o. Mas, poderá esta plausivelmente ser preterida por quem vê na monarchia e nos seus sustentaculos internos e externos, um penhor mais seguro para a nossa independencia como na??o? N?o. O verdadeiro patriotismo n?o está em segregar um Esta
tidade da na??o seja qual f?r a sua fórma politica de governo, e faz-se d'ahi pretexto para recom
ublica existe t?o festejada, passam-se as cousas de modo, que quem recorre a analogos expedientes de affrontrar quem n?o merece affronta, soffre as consequencias d'es
lerar uma linguagem compromettedora para as rela??es internacionaes?: E a camara approvou. E n'aquelle paiz t?o invocado como modelo de liberdade, só por ser republicano, foram multados fo
ara lhes fazer a vontade, sujeital-os á multa e á cadeia, como sendo a maneira
m a dirigir ultrages á Inglaterra, e a menosprezar sua amisade, a troco de uma republica federal com a Iberia, vae t?o longe a cegueira, a ponto de que os ciumes por Louren?o Mar
mostrar a sua ruindade, mas unicamente por um sentimento rancoroso, allegando raz?es odientas, buscando recrimina??es passadas
eventualmente, e no decurso de largos periodos tenham sobrevindo atrictos nas suas rela??es comnosco, devidos principalmente a causas transitorias e faceis de sobrevir, taes como eram as difficuldades de conciliar interesses reciprocos na grande quest?o de suppress?o do trafico de escravos; conflictos em que s
t?o infundadamente como hoje, pois até a camara dos deputados portuguezes votou uma mensagem de pezames
is de imaginar como difficeis e incompativeis de serem efficaz e valiosamente mantidas? Veja se qual é o estado da politica da Europa, do Mundo, a facilidade com que se fazem e desfazem allian?as inverosimeis, como se amalgamam na??es, como se derribam monarchias, como se movem guerras por pretextos frivolos e só para dar largas a ambi??es, e finalmente
te do propheta; é a uni?o Iberica. A Espanha é uma na??o militar, um povo valente e aguerrido e a sua allian?a póde ser cobi?ada e já o tem sido, e talvez ainda hoje o seja, por alguma potencia em caso de guerra Europêa. Quem negoceia com ar e officialmente v?o tomar parte na solemnidade matrimonial do principe, futuro herdeiro da cor?a imperial! Fique Portugal indifferente a tudo; pense só nos Boers e em n?o desmamar Louren?o Marques, e verá que poderoso alliado encontrará nos futuros possuidores do seu presidio e bahia, quando tiver dispensado e affrontado a allian?a da Inglaterra, e
tratado é infame, e antipatrioticos todos que o defendem, apesar de que bem poderiam applicar a si o bene est pro patria mori. Será commoda, n?o exige grande esfor?o i
cis?o, e largando de m?o o territorio disputado, é pelo menos t?o extemporaneo e t?o iniquo como insinuar de tra
cida a accusa??o, a quem ao tratar do assumpto no campo das conven??es, n?o lhe imp?e o cumprimento peremptorio, e pelo co
mesma fei??o. Ha quem se engasgue hoje com um mosq
iam ver maiores elementos e pretextos para dar pasto ás exalta??es do espirito e á indigna??