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Sombras da paixão

Sombras da paixão

Aurora Lummen

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A história acompanha Aurora, uma mulher frágil, e Lumen, um CEO dominante e possessivo. Eles formam um casal intenso, marcado por amor e controle. Enrico e Bianca, buscando separá-los, sequestram Aurora, causando um colapso nervoso que resulta na perda do bebê. Lumen, devastado, se torna mais protetor, e os inimigos pagam caro por seus atos. Ao final, o relacionamento deles se fortalece, e com a chegada dos gêmeos, Aurora e Lumen se rendem completamente ao amor e à possessividade um do outro.

Chapter 1 O Encontro com Aurora Ferraro

Lumen D'Amicci, com seus 40 anos de uma vida meticulosamente construída, era um homem cuja presença transcendia o espaço ao seu redor. Seus passos, sempre silenciosos, anunciavam poder, não pela ostentação, mas pela serenidade imperturbável que exalava de sua figura. Ele possuía o olhar penetrante de um homem que já havia visto mais do que a maioria, e as cicatrizes de sua jornada estavam invisíveis, mas profundas, como o reflexo de um lago plácido que oculta as pedras no fundo.

Na manhã daquela terça-feira, os raios dourados do sol italiano entravam pelas imponentes janelas da mansão de Lumen, iluminando os mármores e os lustres de cristal que pendiam do alto. Era um dia como tantos outros, onde o império de Lumen continuava a se expandir com precisão militar, como um relógio suíço que nunca falha. Mas, naquele momento, ele sabia que algo novo e inesperado estava prestes a acontecer.

Aurora Ferraro, com seus 20 anos e sua juventude inexperiente, adentrava o escritório de Lumen pela primeira vez. Sua presença era discreta, mas seu corpo, imerso em uma aura de fragilidade, parecia se destacar de maneira involuntária. Seus cabelos castanhos caíam em ondas suaves sobre seus ombros, e seus olhos, grandes e curiosos, refletiam uma vulnerabilidade que Lumen jamais se permitiria exibir. Ela estava ali, sem saber ao certo o que o futuro lhe reservava, e seu coração palpitava em um ritmo nervoso, como se estivesse entrando em um território desconhecido e perigoso.

Lumen olhou para ela com um olhar atento, seu rosto impassível como sempre. Ele não acreditava em coincidências; tudo o que acontecia tinha uma razão de ser. Sua secretária, Luigi, já havia informado sobre a jovem, mas nada poderia prepará-la para o tipo de avaliação que ele fazia. Ele não acreditava em fragilidades ou em gentilezas desnecessárias. Tudo na vida era um teste, uma prova de resistência.

- Sente-se, Aurora. - Lumen indicou com um movimento sutil da mão, sua voz grave e imponente. - Eu já li seu currículo. Você se formou com louvor em Economia e tem um bom histórico, mas a prática será o seu maior desafio aqui.

Aurora hesitou por um momento, mas se sentou, sentindo uma onda de ansiedade invadir seu peito. A cadeira, confortável como era, parecia quase um trono, e a sala, silenciosa e luxuosa, transmitia uma sensação de desconforto que ela não conseguia identificar. Ela se sentia pequena diante da grandeza de tudo ao seu redor, especialmente diante de Lumen.

Lumen a observava com uma precisão que parecia desarmante. Ele analisava cada movimento dela, cada respiração, como se tentasse desvendar as camadas mais profundas de sua personalidade. Aurora não sabia, mas naquele momento ele já a havia catalogado, como uma peça de um quebra-cabeça que ele desejava montar, devagar, com paciência e estratégia.

- Você tem potencial, Aurora. Mas aqui, em minha empresa, apenas os fortes sobrevivem. Eu não acredito em fraquezas. O que você tem a oferecer, além de um diploma? - A pergunta de Lumen cortou o ar como uma lâmina afiada, sem aviso, sem rodeios.

Aurora engoliu em seco, a voz lhe faltando por um breve momento. Ela queria responder com firmeza, mas as palavras estavam presas em sua garganta. O que ela tinha a oferecer além de um diploma? A dúvida lhe corroía por dentro. A jovem, ainda inexperiente, buscava coragem nas palavras que aprendeu durante sua formação, mas o peso da autoridade de Lumen parecia aniquilar qualquer tentativa de se mostrar capaz.

- Eu... - Ela começou, a voz trêmula, mas tentou se recuperar. - Eu tenho determinação. Sei que sou nova, mas estou disposta a aprender. Acredito que minha capacidade de adaptação me tornará valiosa para a empresa.

Lumen, sem perder o olhar implacável, se inclinou levemente para frente, suas mãos agora repousando sobre a mesa com uma leve pressão, como se o peso de suas palavras tivesse um efeito físico sobre o ambiente.

- Determinação, é? - Ele repetiu, como se estivesse ponderando o significado da palavra. - Veremos até que ponto você será capaz de sustentar essa "determinação" quando os desafios realmente aparecerem. No entanto, você terá uma oportunidade.

Aurora sentiu uma leve tensão no ar, mas permaneceu atenta, esperando pela decisão que, em sua mente, seria determinante para o futuro. Ela sabia que aquele momento poderia ser a chance da sua vida ou o fim de seus sonhos profissionais.

Lumen, então, recostou-se na cadeira, parecendo mais relaxado, mas sem perder a autoridade que emanava de seu corpo. Seus olhos penetraram os de Aurora, como se buscassem algo em sua alma, uma chama de algo mais profundo. E então, com uma calma que parecia desarmante, ele proferiu a sentença.

- Você fará uma experiência de três meses no setor financeiro. Será sua chance de provar se possui o que é necessário para estar aqui. Eu não dou chances àqueles que se mostram fracos, mas se conseguir suportar o peso dessa responsabilidade, veremos até onde pode chegar.

Aurora ficou paralisada por um momento. Sua mente estava uma tempestade de sentimentos conflitantes - medo, excitação, nervosismo. Ela sabia que seria desafiada como nunca antes. A jovem, com o rosto pálido e as mãos trêmulas, manteve a postura. Sabia que esse era um teste, talvez o teste mais importante de sua vida.

- Obrigada, Sr. D'Amicci. - Agradeceu com voz firme, apesar do turbilhão que se passava dentro de si. - Não vou desapontá-lo.

Lumen, por sua vez, a observou em silêncio. A jovem diante dele não era nada mais do que uma incógnita, mas uma que ele estava disposto a explorar. Ele não acreditava em fraquezas, mas sabia que a força de alguém muitas vezes só se revelava após a pressão.

- Veremos, Aurora Ferraro. - Lumen respondeu, com um sorriso enigmático. - Veremos o que você realmente é capaz de fazer.

A jovem se levantou, ainda sentindo o peso daquelas palavras em seu peito, e saiu da sala com a sensação de que sua vida, de alguma forma, jamais seria a mesma.

E Lumen, por sua vez, ficou em sua cadeira, observando o vazio da sala. A decisão estava tomada. Ele sabia que aquele encontro tinha sido apenas o começo. Ele estava prestes a moldá-la à sua imagem, e ela não faria ideia do que realmente a esperava.

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