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A Illustre Casa de Ramires

Chapter 4 No.4

Word Count: 9899    |    Released on: 06/12/2017

da de doze varandas no Largo d'El-Rei, entre uma solitaria viella que conduz ao Quartel e a rua das Tecedeiras, velha rua

leche, o Fidalgo ainda o surprehendeu levantando os pestanudos olhos negros para as varandas de ferro do palacete. E pulou, com um murro no joelho, rugindo surdamente-?que biltre!? Ao apear no port?o (um port?o baixo, como esmagado pelo immenso escudo de armas dos Sás) t?o suffocada indigna??o o impellia que n?o reparou nas effus?es do porteiro, o velho Joaqu

nimal do Cavalleiro! E sempre no Largo, defronte da casa! é sorte!... Es

respo, com um bu?o claro n'uma face mais redonda

ora um cavallo lindo! Um cavall

allo bonito. Que fiquem ambos na cavallari?

um lento pasmo. E de repente, com uma patada no soalho, vergado pe

allo bonito! E ambos a pastarem!... Tu vens hoje rico, menino! Olha que essa! Ambos

sobre a coxa obesa. E Gon?alo, ado?ado por

sses untos. E como vae a familia? A

um penteador de rendas, correndo alvoro?ada para o irm?o, que a envolveu n'um abra?o e

rda, até mais alta... é sobr

sorriso que mais lhe humedecia e lhe en

com as m?os enterradas nos bolsos do jaquet?o que lhe desenhava as

Torre repre

! A extinc??o dos Barr?los é uma limpeza. Mas, acabados os Ramires, acaba Portugal. Portanto, Snr.a D. Gra?a Ra

rotestou,

N?o! para tal sort

sala, guarnecida de contadores da India, de pesados cadeir?es dourados de damasco azul, com tres varandas sobre o Largo d'El-Rei. Barr?lo enrolou um cigarro, reclamou a

do camapé azul, desabotoando pregui?

gar... Uma noite berrou, amea?ou a Rosa, agarrou n'uma espingarda. Eu de

dor, com cabos!

diu os hombro

á o homem abalára, corrido. E como resultado ar

e vinho verde. Barr?lo admirou a renda-gabou o rendeiro. Assim Gon?alo descortina

s que lavára n'essa manh? e que cheiravam a ale

s melhor? Continuam

no espeto, magnifico... Depois falhou: creio que teve uma orgia infame, com bichas de rabear. Elle

Santa, o horror que lhe causára a bella D. Anna, a desco

avistára o Titó, deante do port?o da Feitosa, a

?horror? pela D. Anna... Caramba! Mulher soberba!

. Pois aqui ao lado da sua mulher, que é a fl?r

ia ?a admira??o do José.? Realmente, a

voz gorda, papuda... E a luneta, os modos... E ?o cavalheiro pó

e do sophá, com as m?o

Snr. D. Gon?al

u sobre o cunhado

joelhos, em camisa, com os duzentos

h? escandalisado, Gracinha bateu no hombro de

al cabrito no espeto e da companhia beberrona do Manoel Duarte. Tu tens cá agua de Vidago?... Ent?o, Barr?linho, sê angelico. Manda trazer já uma garrafinha bem fresca. E olha! pergunta se subiram um a?afate e uma

a rebolar e a assobiar, G

nvem. Tu positivamente mais fórte, mais cheia. Até pensei

onta a cavallo, já n?o adorm

, o rancho Mendon?a? Bem?... Padr

ora bom, sempre no Pa?o do Bispo, na Bibliotheca... P

. Pois eu tambem tenho trabalhado muito

A

a, uma Revista que fundou um rapaz meu amigo, o Castanheiro... é sobre um fa

?a, que

obre tudo dos velhos Ramires. Has-de gostar... N?o ha amores, tudo guerras. Apenas, muito remotamente, uma das nossas antepassadas, uma D. Menda, que eu nem

mente para o irm?o,

eima que devias entrar na Diplomacia. Ainda ha dias... ?Ai, o Gon?a

nte do vasto camapé, reab

e inglez, muito interessante, e que te recommendo, sobre as antigas Min

, credo! Pa

ipitadamente, para aproveitar o ?piquesinho?, Gon?alo encheu um copo enorme de crystal lavrado.

Gracinha! Agora lavar, mudar de roupa, q

de canario com uma varanda para o jardim, e duas janellas de peitoril sobre a rua das Tecedeiras e os velho

s ou quatro kilos. S?o naturalmente os kilos que Gracinha

lo acariciava a cinta,

que adelgacei... At

nsporte de malas entre os Cunhaes e a Torre. E ria, aconselhava o bom Barr?lo a ?adelga?ar? sem descan?o, para belleza da futura r

! Era o André Cavalleiro, que descia ladeando, sopeando a rédea, para escarvar com garbo

alleiro passa outra vez na maldita pileca, por debai

inquieto,

Anda agora muito intimo das Louzadas... Se

Louzadas? Duas vezes em meia hora! Grande insolente! Tem uma chapada d'agua de sab?o,

nsoladamente com o Cavalleiro. E agora antevia sempre uma bulha, um escandalo que o indisporia com os amigos do Cavalleiro, lhe vedaria o Club e as do?uras d

mbem todo esse espalhafato

o, na furia com que o pousou

n?o se atira agua suja aos Governadores Civis. Que

e bochechas pasmadas, que, n'aquellas rondas do Cavalleiro pelos Cunhaes,

, que me quero vestir... D

Mas se elle passar n

i?a, aos

pelo corredor, suspirando, lamentava o assomado genio do Gon?al

a teimosa raiz de ternura pelo Cavalleiro, bem enterrada, ainda vivaz, facil de reflorir... E nenhum outro sentimento forte que a defendesse, n'aquella ociosidade d'Oliveira-nem superioridade do marido, nem encanto d'um filho no seu ber?o. Só a amparava o orgulho, certo respeito religioso pelo nome de Ramires, o medo da pequena terra espreitadeira e mexeriqueira. A sua s

ra. Filha d'um certo D. Antonio, senhor (hoje Visconde) dos Pa?os de Severim, devorada pela preoccupa??o de parentescos fidalgos, de origens fidalgas, ligava sempre surrateiramente o vago solar de Severim a todas as casas nobres de Portugal-sobre tudo, mais gulosamente, á grande casa de Ramires: e, desde que o regimento se aquartellára em Oliveira, tratára logo Gracinha por ?tu? e Gon?alo por ?primo?, com a intimidade especial, que convem a sangues superiores. Todavia mantinha amisades muito seguidas e act

licidade, logo que cheg

via desde a sua volta de Lisboa!... Po

sistivel! Até aconselho á prima Maria que se n?

adamente nos bra?os o se

ometti á prima Gra?a jantar cá esta tarde!... Oh G

a varanda, já deliciado com

ara attenuar o meu brilho!... E o maridin

a?a de Deus... Ent?o até logo, pri

ncia esgalgada. Gracinha, lentamente, subiu os tres degraus de marmore do jardim. Da varanda, Gon?alo ainda avistou atravez da ramaria leve, entre as sebes de buxo, o penteador bran

lados d'esse commodo Mirante, construc??o do seculo XVIII, imitando um Templosinho do Amor, que rematava o longo terra?o do jardim e dominava a rua das Tecedeiras. Mas a cal?ada permanecia silenciosa, sob as derramadas sombra

ante dos bra?os do Padre Sueiro, que o pr

das costas do Capell?o. Ent?o que feia ac??o foi esta? Mais de um mez sem apparec

ueiro sorria, fechando as m?os sobre o peito da batina d'alpaca, d'onde surdia a ponta de um len?o de quadrados vermelhos. E n?o lhe escasseára certamente o desejo d'ir

Gon?alo, comtanto que o cora??

Padre Sueiro com c

com gravuras coloridas das batalhas de Nap

porque conclui um negocio explendido. Imagine! Arrendei ha dias a quinta ao Per

ue colhera n'uma caixa de prata

stou que V. Ex.a tratára com o José Casco, o José Casco d

uellas cousas do Casco! Einfim, uma massada... N?o ficou nada decidido. E quando o Pereira, uma bella manh?, me appareceu com a proposta, eu, inteirame

bara?adamente o queixo. N?o ha duvida. E homem de

o tabelli?o Guedes, e assignamos essa bella escriptura. S?o as condi??es costumadas. Creio que ha

moso Fado dos Ramires em que elle collaborava com o Videirinha. Oh! Padre Sueiro fornecera lendas sublimes! Mas

de mais, P

nteressado e serio, no amor d'aq

livro precioso, livro rarissimo, que o Sr. José Barr?lo tem na Livraria. N?o especifica os Reis, mas diz quatro... ?Aos hombros de q

m cabide, ao fundo da escada, o

opia para a Gracinha cantar ao piano... E agora outra cousa, Padre Sueiro.

esdobrando cautelosamente o seu v

Depois tambem n?o frequento os cafés, os sitios o

alo n?o conhecia, badalou a sineta do almo?o. Gon?alo reparou, avisou

iro. E até manda perguntar se V. Ex.a deseja par

vinho de Vidainhos

eiro novo que eu n?o tenho Dom. Sou

es com Dom. E, como Gon?alo parara deante do reposteiro corrido da sala, logo o bom v

re Sueiro,

com apegad

V. Ex.a, me

posteiro, empurrou d

imeira Dynastia se estabeleceu que os

a, e sempre c

sentiu logo da antecamara o vozeir?o do Titó, que rolava na sala azul em trov?o lento. Franziu vivamente o reposteiro-e sacudiu o punho par

lhe preparar um cabrito estupendo, assado n'um espeto de cerejeira? E para

chou a sua conc

ouveia no Chafariz. E só ent?o nos lembrámos d

navam sempre Barr?lo, que as appetecia. E com o olho agu?ado, do canto da mesa

cês em Villa-Clara descob

miterio, n'um cacifro que tresanda a petroleo, onde este senhor e as auctoridades v?o jogar o quino, e derri?ar com

tina e um pesado contador da India, moveu os hombros n'um consentimento risonho, como acostumado

sento. A casa n?o cheira a petroleo e fica por traz do convento de Santa Theresa. As serigaitas s?o simplesment

a D. Casimira, que tem bacia nova para os seus semicup

o insistia

Titó... Noite d'annos

uma bella frangalhada com ervilhas. O Jo?o Gouveia trouxe do Gago uma travessa de b?los de bacalhau que c

stivelmente interessado

ntimo do Sanches Lucena, frequenta todas as semanas a Feitosa, toma chá e torradas com a

ciosamente divertido, que lhe pass

c?esinhos felpudos! echoou cavamente

entes, afagou lentamente a face barbuda, que uma vermelhid?o aquecêra. E depois d

me perguntaste se eu conhecia o Sa

do Sanches Lucena! Nada mais natural, até mais prudente, do que alludir o Snr. Titó á sua intimidade illustre! Ao menos para

as m?os nos bolsos da quinzena d'alpaca,

as o conhe?o ha quatro ou cinco mezes, mas acho que é

egredos do Snr. Titó Villalobos! E o escudeiro novo, avan?ando as suissas ruivas por uma fe

u logo a terr

ntre! Bravo! temos cá toda

?ou o vozeir?o, mais troante, abafando a

rrou uma das pilecas e tivemos de parar na Vendinha. N?o se perdeu te

amente Barr?lo e Gon?alo a passarem na

iro lhe ati?ava uma caneca

na sobrecasaca preta, de cal?as pretas, de luvas pretas. Sem folego, apertou silenciosamente pela sala as m?os

reflecti que n'esta grandiosa casa dos B

ue quer? Orchata?

ngr

a testa, amaldi?oou o in

or para passear a cavallo. Ainda hoje... Na reparti??o até ao meio dia; depois, cavallo á port

, é muito simples.

ador saudou

ndes Ramires! N?o comecemos, n?o comecemos... Este seu c

angido, que Gon?alinho em Poli

Snr. André Cavalleiro, que n?o tem miolos, ainda esta manh? na Reparti??

lo, mui

overnador Civil ser perfeitamente absurdo

se erguera, desabotoando logo a sobre

gando nos hombros do Gouveia-pa

essa massada do Cavalleiro... Vamos ao que

fabricar ossos de martyres, descobertas nas obras do convento de S. Bento. Estou com curiosidade... E a Snr.a D. Gra?a, bem? Quem eu n?o avistava havia mezes e

consumindo nem com ambi??es nem com decep??es. Ora para elle, louvado Deus

to, atravez das senten?as e

a, sabe porque o manda... Soffrer edifica. Por que enfim o q

os meus ataques de garganta, n?o penso na garganta dos outros! Penso só na min

taram, todos beberam, até Padre Sueiro, para mostrar ao Snr. Antonio Villalobos que n?o desdenhava o vinho, dadiva amavel de Deus-po

lado, pousou na bandeja o copo que esva

uma festa na Torre, com senhoras, com a D. Anna Lucena?... Eu n?o acre

de acabava a sangria, Titó novamente r

ha pouco o Barr?lo?... Que andavas

misturou terror. Para a Africa?... O

! plantar café! exclamava o Barr?l

va a Africa, a traficar com o preto... E tambem se f?sse mais pequeno, mais secco. Que homens

fricanista... E sempre te digo! Carreira bem mais decente que essa outra por que ten

on?alo em ser deputado! Que massada! Eram logo as intrigas, e as des

rnador Civil, com um titulo e uma gra

ho e superior, enrolando laboriosamen

s os Portuguezes pertencemos todos a duas classes: uns cinco a seis milh?es que trabalham na fazenda, ou vivem n'ella a olhar, como o Barr?lo, e que pagam; e uns trinta sujeitos em cima, em Lisboa, que formam a parceria, que recebem e que governam. Ora eu, por gosto, por necessidade, por habito de familia, desejo ma

as sangrias, de que saboreava outro

Conselheiro, Ministro, Mandarim. é a carreira... E melhor que a d'Afr

do Titó, com quem mergulhou no v?o da janell

ue me pertencem!... E sempre queria vêr que esse S. Fulgencio, ou o Braz Victorino, ou lá os politicos

a, Titó co?ava a b

?o e a pipa de vinho com mais ou menos proveito, segundo as leis que elles votarem... E assim tudo. O Gon?alo n?o deixa de acertar. é o diabo! Quem manda é quem lucra... Olhe! o maroto do meu senhorio em Villa-Clara, agora para o S. Miguel, augmen

enovassem as furias de Gon?alo. Mas o Fidalgo n?o percebera, attento ao Jo?o Gouveia, que, enterrado no camapé depois da sangria, n

o Titó sem chegar para a ceia da D. Casimira!... Bem, pensei, tambem recebeu recado e abalou para a Tor

ou com uma inesperad

Titó andava n'essa noite d

da janella, lan?ou para dentro,

anto Deus! Ahi

abandonou o seu recanto onde corria os oculos pela Gazeta do Porto. E todos, d'entre a fenda das cortinas, como soldados na fresta de uma cidadella, espreitavam o Largo, que o sol das quatro horas dourava por sobre os telhados musgosos da Cordoa

ommendado nas Mathildes, que os seus quatro olhinhos furantes d'azeviche sujo n?o descortinassem-e que a sua solta lingoa, entre os dentes ralos, n?o commentasse com malicia estridente! D'ellas surdiam todas as cartas anonymas que infestavam o Districto: as pessoas devotas consideravam como penitencias essas visitas em que ellas durante horas galravam, abanando os bra?os escanifrados: e sempre por onde ellas passassem

trovejou o Titó,

-de-Sol, as duas manas paradas, erguiam o bico escuro, farejando e espian

diabos, qu

dava que se escondessem no pomar. Desconcertado, o Gouveia rebuscava com desespero o seu chapeu c?co. Só o Titó, que as abominava e a quem ellas chamavam o Polyphemo, retirou com serenidade, abrigando o Padre

i? Que

envolveu a d?ce

Louz

O

ta do port?o tilintára, temerosa! E a fila acavallada, onde Padre Sueiro rebolava a reboque, e

e as sa

adas, se a descortinassem, edificariam por sobre a cidade, e mais alta que a Torre de S. Matheus, uma historia pavorosa de ?vinha?a e bebedeira?. Depois, offegand

durante essas semanas, e no lance famoso do Capitulo II que o tentava e que o assustava-o encontro de Louren?o Ramires com Lopo de Bay?o, o Bastardo, no valle fatal de Cantapedra. E recolhia aos Cunhaes (porque promettera ao Barr?lo uma trotada a cavallo, até ao Pinhal de Estevinha, para aproveitar a do?ura do domingo ennevoado) quando, na rua das Vellas, avistou o tabelli?o

re féro e mo?o. Ainda bem!... Fallou com o meu Padre Sueiro?

cartorio, para avisar-e elle apresentava os

a propriedade do Conde de Monte-Agra! Ainda me lembro d'ella, um chavascal; hoje que p

e, felizmente, refrescou. E que ha de novo? Como vae a politic

itou o bra?o gordo e curto, n'uma indigna??o que lhe esbraseou de sangue o pesco?o, as orelh

lo Mendes Ramires? Quem o n?o ha-de

de Gon?alo logo se

escan

sabia da ultima prepotencia do Govern

caro a

bico dos botins pequeninos, e

onha!... A transferenci

o um menino que rabujava, parou, fitou o Guedes-porque o digno homem com o seu ventre, o seu embrulho, a sua indigna??o, atravancava

a. é o meu caminho. Andamos e conversamos

V. Ex.a conhece. O pag

o transferido? Transf

silencio, a solid?o das lojas cerradas,

te! E para Almodovar, para os confins do Alemtejo!... Par

dos Historicos, nem dos Regeneradores. Só da familia, das tres irm?s que sustentava, tres fl?res... E homem estimadissimo na cidade, cheio de prendas! Um talento immenso para a musica!... Ah!

. N?o ha outro! E, zás, de repente, para Almodovar, para o Inferno, com as

respla

dade esta de o ter encontrado, meu ca

o encolhia os hombros, com amargura. O motivo! Publicamente, como se

oda a cidade, conhecem o verdadeiro mo

nt

lleiro, esse infame, se encantára com a mais velha das irm?s Noronhas, a D. Adelina, formosissima rapariga, alta e morena, uma estatua!... E repellido (porque a menina, cheia de juizo, um

! murmurou Gon?alo, ba

a que o pobre Noronha, na sua innocencia, t?o bom homem, gostando sempre d'agradar aos seus c

teve, esfregou as

fallado? Esse jornal d'opposi??o, o Clarim d'

dava a passar surrateiramente para os Historicos. Ah! O Snr. Gon?alo Mendes Ramires n?o se inteirára? Pois esse torpissimo Biscainho bolinava. De certo o Cavalleiro lhe acenára com posta... Além d'isso, como provar a infamia? Cousas intimas, cousas de familia. N?o se podia apresentar a declara??o

iterio de S. Miguel... E agora, Snr. Gon?al

a a bella rua, novamente cal?ada, da Princeza D. Amelia. E logo na segunda porta, parando, tir

!... Mas nada me espanta do Snr. Governador Civil. Só me espanta que o n?o tenham corrido d'Oliveira, como elle merece,

de Gracinha, onde, apezar do antigo ultraje, elle permanecia como um bicho n'um fructo, esfuracando e estragando... E n?o duvidava da efficacia do escandalo! Toda a cidade se revoltaria contra a Authoridade femieira, que opprime, desterra um funccionario admiravel-por que a irm? do pobre senhor se recusou á baba dos seus beijos. E Gracinha?... Como resistiria Gracinha áquelle desengano-o seu antigo André abrazado pela menina Noronh

e vestia trauteando o Fado dos Ramires, e grit

enho que escrever urgentemente. E n?o s

o e por elle testemunhado, ?a tentativa vill?a e baixa da primeira Auctoridade do Districto contra a pudicicia, a paz de cora??o, a honra de uma doce rapariga de dezeseis primaveras!? Depois era a resistencia desdenhosa-?que a nobre crean?a oppuzera ao Don Juan administrativo, cujos bellos bigodes s?o o espanto dos povos!? Por fim vinha-?a desforra torpe e sem nome que S. Ex.a tomára sobre o zeloso empresado (que é tambem um talentoso artista), obtendo d'este nefasto Governo que fosse transferido, ou antes arrojado, cruelmente exilado, com a familia de tres delicadas senhoras, para os confins do Reino, para a mais arida e escassa das nossas Provincias, por o

, estudando o Fado dos Ramires. E Barr?lo (que n?o se arriscára a um passeio solitario) folheava,

rando a janella. Fiquei derreado. Mas, louvado seja Deus, fiz obra de

nte o livro, com o cotovel

algum

m risinho suave, um risinho feroz, remex

s uma infamia... Mas para o nosso Gov

o dos Ramires esmoreceu, apena

esperava,

embu

esabafou, c

pobre Noronha, perseguido, espesinhado, expulso

onha p

r. Foi o infeliz

pidos cada manh? por deante da janella, a ladear na pileca! Até lhe soltára, ao que parece, uma velha marafona, uma alcoviteira... E a rapariga, um anjo cheio de dignidade, impassivel. Nem se re

u pelo teclado, n'um tumulto de

rmurava o Barr?lo, assombrado

re Noronha. Arremessado para o fundo do Alemtejo, para um sitio do

do dos pantanos, Barr?lo atirou u

abo te conto

ncarou o cunhado com

abo! N?o ha crime em se estar apaixonado como o pobre André. Louco, perdido! Até a chorar na Reparti??o, deante do Secretario Geral. E a rapariga ás gargalhadas!... Agora onde ha crime, e horrendo, é na persegui??o ao irm?o, ao pagador, empr

fiz

Governador Civil a minha b?

ga folha onde se enfileiravam, na lettra apurada do Videirinha, as quadras triumphaes dos Ramires. E subitamente Gon?alo sentiu n'aquella immobilidade suffocada o despeito que a

uma quadra, á b?a moda do Videirinha... Mas primeiramente sê um anjo... Gr

ou versos, ao accaso, n

grande

amires v

o, que deante da sua terrina da India enrolava um cigarro com pensativo cuidado,

o! Mas o que eu n?o acredito é que ella se fizesse arisca. Com o Cavalleir

echas lusidia

avallos e para mulheres

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